Aguerra implacável dos Munduruku: elementos culturais e genéticos na caça aos inimigos. En: Avá, nº 11

As verdadeiras razões das guerras no mundo primitivo constituem uma questão que merece maior atenção dos estudiosos. Um motivo óbvio dessas guerras no mundo primitivo era a disputa pela exploração do meio ambiente, mas isso geralmente não ocorria entre os indígenas brasileiros, devido à vasta extens...

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Main Author: Savio Leopoldi, José
Format: article
Language:Portuguese
Published: Universidad Nacional de Misiones. Facultad de Humanidades y Ciencias Sociales. Secretaría de Investigación y postgrado. Programa de Postgrado de Antropología Social. 2007
Subjects:
Online Access:http://argos.fhycs.unam.edu.ar/handle/123456789/349
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description As verdadeiras razões das guerras no mundo primitivo constituem uma questão que merece maior atenção dos estudiosos. Um motivo óbvio dessas guerras no mundo primitivo era a disputa pela exploração do meio ambiente, mas isso geralmente não ocorria entre os indígenas brasileiros, devido à vasta extensão territorial do país. Mesmo no caso dos guerreiros Munduruku, a “razão beligerante” da tribo permanece pouco explorada. O que mais se encontra são descrições dos ataques aos inimigos, do valor social atribuído aos guerreiros, do objetivo imediato da guerra - a caça às cabeças – e das festas em que essas peças eram enfeitadas tornando-se os mais valiosos troféus. Sua importância se devia ao fato de que, de acordo com as crenças indiígenas, elas propiciavam sucesso às atividades de caça, coleta e agricultura, tornando-se então necessárias ao bem estar da tribo. Nossa proposta é considerar a guerra como o elemento central da vida Munduruku, ou seja, a razão mesma de sua existência. Nessa atividade se ancoravam os valores culturais por excelência do grupo, bem como os elementos básicos da sua organização social. Independentemente de vinganças, de disputas ou de qualquer outro motivo “justo”, a guerra tinha que acontecer para os Munduruku: a vida da tribo dependia da morte dos inimigos e de suas valorizadas cabeças. Nossa hipótese é que uma explicação de base genética pode explicar mais coerentemente essa radical “necessidade” da guerra perpetrada pelos Munduruku.
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